Mais de R$ 4 milhões foram bloqueados das contas de pessoas investigadas por fraude na contratação de uma empresa terceirizada de serviços de gestão e recursos humanos pela prefeitura no município de São Luís Gonzaga, a 249 km da Capital, após uma operação do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), deflagrada na manhã de hoje (30). O Secretário de istração e o pregoeiro são os principais suspeitos e foram afastados de seus cargos.
Segundo a investigação, foi constatado ausência de publicidade da licitação, e a incapacidade operacional da empresa contratada para execução dos serviços, como também transações suspeitas com outras empresas contratadas pelo município, que estão ligadas aos investigados
A operação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados, que ocorreu também nas cidades de Gonçalves Dias, Bacabal e São Luís.
Durante a investigação foram apreendidos vários documentos e equipamentos, que serão analisados pelo Gaeco e pelo Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), para compor o conjunto probatório produzido nos autos do procedimento investigatório criminal instaurado a fim de subsidiar o oferecimento da petição acusatória. A ação ocorre com o apoio de 25 equipes e mais de 70 agentes da Polícia Rodoviária Federal, que prestam e operacional no cumprimento dos mandados.
Além disso, participam da operação os promotores de Justiça integrantes do Gaeco dos núcleos de São Luís, Imperatriz e Timon, a Polícia Civil do Maranhão (1º Deccor de São Luís, 1º Deccor de Imperatriz e 1º Deccor de Timon), e ainda os Promotores de Justiça das comarcas de Açailândia, Lago da Pedra, Raposa, São Luís, Santa Helena e Viana. A operação também teve o apoio da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (CAEI-MPMA).
O nome da operação, Spectrum, advém do latim significa “espectro”, ou ainda “visão”, “fantasma”, “aparência”, em alusão à possível inexistência de serviços prestados pela empresa contratada para fornecimento de mão de obra, que mantinha relação financeira suspeita com os demais investigados.